Socialismo, criancinha e rock n' roll
Na extinta União Soviética, o rock era visto como propaganda capitalista e instrumento de aliciamento da juventude. Por conta dessa visão, os Beatles eram considerados "subversivos". Rolling Stones em Moscou? Nem pensar.
Com a queda do Muro de Berlim, abriu-se a porteira para a vingança anticomunista do rock. No entanto, surgiram inúmeras bandas pelo mundo afora cada vez mais engajadas na defesa dos ideais marxistas. Alguns camaradas chegaram inclusive ao mainstream enquanto disseminavam A Revolução.
Dizem que se Jimi Hendrix tivesse nascido na URSS, o capitalismo estaria morto. Pensando nisso, aqui vão quatro dicas de bandas comunas para o deleite da classe operária:
1) O caso mais emblemático é o do Rage Against The Machine. O pai do guitarrista Tom Morello foi guerillheiro no Quênia. Suas letras são claramente anti-imperialistas, com críticas pesadas ao bipartidarismo nos Estados Unidos e aos grandes monopólios empresariais. O vocalista Zack de la Rocha tem vínculos fortíssimos com os zapatistas no México. Aqui uma menção ao clássico 1984, de George Orwell:
Who controls the present now controls the past
Who controls the past now controls the future
Who controls the present now?
Im tired of giving a reason
When the future is what we believe in
We love the winter, it brings us closer together
They make their profit
From the things they sell
To help you cover
all the rubbers you hide
In your top left pocket
Estatizarei
O Estado agora é o Eu
E isso inclui você
***
Minério, violência, especulação
Bens materiais a amar
Prédios altos que mostrarão
Quão grande o tombo será! (ver vídeo)