Dipromas
Sou contra o diploma para o exercício do jornalismo. Explico:
Jornalismo é informação, e o direito à informação é, por princípio, livre — tanto no que diz respeito à informar quanto a ser informado. Quando se exige diploma, está se limitando o direito de informar a uma casta de filhos da classe média iluminados que puderam cursar qualquer faculdade meia-boca por aí.
As faculdades de jornalismo também não asseguram que os profissinais saídos de suas fileiras sejam íntegros e, acima de tudo, bons jornalistas. Pelo contrário: a formação oferecida nesses cursos é superficial.
O estudante aprende um pouco de tudo de maneira rasa; o conteúdo de formação jornalística, em si, é insuficiente se comparado às demais disciplinas da grade de ensino. Lide, pirâmide invertida e demais técnicas próprias à profissão não formam um corpus suficiente para garantir a existência de um curso superior de jornalismo.
Para mudar esse cenário, deveria haver uma especialização em jornalismo de um ou no máximo dois anos, uma espécie de pós-graduação que pudesse ser cursada por profissionais já formados em outras áreas das ciências humanas ou até mesmo das exatas (num caso de jornalista científico, por exemplo). A interpretação e a contextualização dos fatos é tão ou mais importante que seu relato, e certamente não é no curso de jornalismo que os estudantes aprenderão a compreender o mundo.
Na França existem, além das faculdades de jornalismo nos moldes brasileiros, especilizações como essa que eu mencionei.
Os sindicatos da categoria, por sua vez, são a favor da exigência do papelzinho pregado na parede. Alegam que isso aumenta o poder de barganha da categoria diante dos patrões e profissionaliza ainda mais o setor. Dizem ainda que a não exigência do diploma favorece a contratação de profissionais com menores salários.
Balela: o que favorece a luta dos jornalistas é um sindicato orgânico e atuante. Ao invés de partir pra briga, as entidades de classe ficam arranjando falsas lutas como bode expiatório para sua incompetência e/ou peleguismo.
Por falar nisso, cadê os comitês de redação, heim?
Jornalismo é informação, e o direito à informação é, por princípio, livre — tanto no que diz respeito à informar quanto a ser informado. Quando se exige diploma, está se limitando o direito de informar a uma casta de filhos da classe média iluminados que puderam cursar qualquer faculdade meia-boca por aí.
As faculdades de jornalismo também não asseguram que os profissinais saídos de suas fileiras sejam íntegros e, acima de tudo, bons jornalistas. Pelo contrário: a formação oferecida nesses cursos é superficial.
O estudante aprende um pouco de tudo de maneira rasa; o conteúdo de formação jornalística, em si, é insuficiente se comparado às demais disciplinas da grade de ensino. Lide, pirâmide invertida e demais técnicas próprias à profissão não formam um corpus suficiente para garantir a existência de um curso superior de jornalismo.
Para mudar esse cenário, deveria haver uma especialização em jornalismo de um ou no máximo dois anos, uma espécie de pós-graduação que pudesse ser cursada por profissionais já formados em outras áreas das ciências humanas ou até mesmo das exatas (num caso de jornalista científico, por exemplo). A interpretação e a contextualização dos fatos é tão ou mais importante que seu relato, e certamente não é no curso de jornalismo que os estudantes aprenderão a compreender o mundo.
Na França existem, além das faculdades de jornalismo nos moldes brasileiros, especilizações como essa que eu mencionei.
Os sindicatos da categoria, por sua vez, são a favor da exigência do papelzinho pregado na parede. Alegam que isso aumenta o poder de barganha da categoria diante dos patrões e profissionaliza ainda mais o setor. Dizem ainda que a não exigência do diploma favorece a contratação de profissionais com menores salários.
Balela: o que favorece a luta dos jornalistas é um sindicato orgânico e atuante. Ao invés de partir pra briga, as entidades de classe ficam arranjando falsas lutas como bode expiatório para sua incompetência e/ou peleguismo.
Por falar nisso, cadê os comitês de redação, heim?
2 comentários:
PQP, que texto primoroso! Disse tudo o que eu penso, na verdade.
Se as faculdades de Jornalismo já são uma piada, o que dizer, então, da exigência do diploma...
Assino embaixo.
Angolano?
Acho que até eles, ultimamente, ganham mais do que os freelas do jornalismo brasileiro... hehe.
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