quarta-feira, 30 de abril de 2008

Em 1989

Em 1989 teu pai gastava duas horas por dia na padaria, o Lula ainda era contra o FMI e a Seleção não sabia o vexame que ia dar na Copa do ano seguinte.

Nesse mesmo ano mágico, o Diego celebrava seu terceiro aniversário numa garagem da Luis Sérgio Person, zona norte de São Paulo.

Por trás da lona preta, começava o canto do parabéns, em meio àquele exagero todo de pão com carne-louca, doces às pencas e refrigerante Crush (era um de laranja; e pára de mentir porque NINGUÉM lembra dele).

Enfim, aquela cena dantescamente pobre:

- Parabéns pra você!, nesta data querida!, muitas fe-li-ci-da-des, muitos anos de vida! Êeeeeeeeeeee!

Mas, como diria o filósofo Mané Garrincha, faltou combinar com os russos. Não perguntaram pro Diego se ele gostava mesmo da hora do parabéns:

- VAI TODO MUNDO EMBORA DA MINHA FESTA!

De lá pra cá, acabou a fila do pão, o Brasil levou duas Copas e o Muro de Berlim caiu - e caiu de uma tal maneira que o Lula até virou Presidente.

Já o Diego...

2 comentários:

Anônimo disse...

Pô, em 1989 o São Paulo ainda não era sequer campeão da Libertadores; o Brasil era tri mundial; e o Lula, ah, o Lula era de esquerda.

Será que era mesmo?

;)

Anônimo disse...

Olha... eu tomava Crush. Ainda existia por aqui a 7up. Depois, em edições limitads de reveillon, veio o Kas, guaraná com pêssego.

POr falar nisso, e vc, chupava Dip´n lik?